terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Música na Educação Infantil




A MÚSICA 


Seu dia é comemorado internacionalmente no dia 28 de junho. Considerada como arte e ciência de combinar sons de modo agradável aos ouvidos. Em cada época é entendida, estudada e ouvida de forma diferente. Varia entre culturas e comunidades.


A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Atualmente, vivemos no Séc. XXI, porém, ainda sofremos, em decorrência de vestígios deixados por uma geração anterior a nossa, onde usava - se uma metodologia completamente robotizada, a expressividade da criança, vinha somente de saber repetir como um papagaio os gestos e falas de seus mestres,uma teoria sem dúvidas “tradicionalista”.

Em datas comemorativas, canções eram ensaiadas exaustivamente, com o intuito de uma apresentação perfeita, as crianças sentiam - se esgotadas, sendo assim, a atividade passava a ter caráter apenas representativo, e não qualitativo. 

Com a chegada da nova escola Séc. 50/ 60 o ensino foi reformulado e passou a ter outro valor, direcionado a “aprender fazendo” passou - se a valorizar a criatividade, interesses e motivações internas e externas do aluno. 


Quais os objetivos do ensino de música?

A música contribui para a formação integral do indivíduo, reverência os valores culturais, difunde o senso estético, promove a sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria e cooperação, e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha com a sincronia de movimentos. 


O trabalho com música desenvolve as habilidades físico-cinestésica, espacial, lógico-matemática, verbal e musical. Ao entrar em contato com a música, zonas importantes do corpo físico e psíquico são acionadas - os sentidos, as emoções e a própria mente. Por meio da música, a criança expressa emoções que não consegue expressar com palavras.

A música é responsável por uma diversidade de pontos positivos, se usada de forma correta, contribui visivelmente na educação e desenvolvimento infantil. 

Contribui com a integração social, pois através dela a criança desenvolve a capacidade de ouvir, perceber, discriminar diferentes gêneros, estilos, ritmos,sensações e pensamentos. 

Desenvolve a sensibilidade , a concentração, coordenação motora, acuidade auditiva,destreza do raciocínio. Respeito a si próprio e ao próximo.

Facilita o processo de alfabetização e o estudo de línguas estrangeiras . Transmite alegria, verdades e sonhos através de uma metodologia lúdica e dinâmica própria do universo infantil.

Porque a disciplina se tornou obrigatória na escola?

Todas as escolas públicas e privadas do Brasil devem incluir o ensino de música em suas grades curriculares. A exigência surgiu com a lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, que determina que a música deve ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica.

Objetivo não é… formar músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos", Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação).

Nas escolas, a música não deve ser necessariamente uma disciplina exclusiva. Ela pode integrar o ensino de arte, por exemplo: "Antigamente, música era uma disciplina. Hoje não. Ela é uma das linguagens da disciplina chamada Arte, que pode englobar ainda artes visuais, dança e cênicas. A ideia é trabalhar com uma equipe multidisciplinar e, nela, ter entre os profissionais o professor de música. Cada escola tem autonomia para decidir como incluir esse conteúdo de acordo com seu projeto político- pedagógico".

Quem ministrará as aulas de música? 


A modalidade de Ensino Musical a ser adotada é o grande desafio que as escolas enfrentam durante a implementação da lei.

Deve ser garantido que o ensino da música seja inserido nas escolas públicas, mas que a diversidade musical e cultural do Brasil sejam respeitadas. O conteúdo não pode ser igual para todas as escolas, até porque, isso fere a autonomia das escolas na construção de seus projetos pedagógicos.

Como trabalhar a música nas escolas?

Há várias formas de se trabalhar a música na escola, por exemplo, de forma lúdica e coletiva, utilizando jogos, brincadeiras de roda e confecção de instrumentos.

As crianças não só podem ouvir a música, como também a produzir, fazendo pequenos arranjos e tocando instrumentos como a flauta doce e alguns de percussão. Elas também vivenciam a música, por meio de trabalhos corporais que desenvolvem a atenção e a coordenação motora.

Para que o ensino proposto na Lei tenha bons resultados, o indicado é que as escolas intensifiquem trabalhos já produzidos em sala de aula e que levem em conta o contexto cultural dos alunos.

Brinquedos de roda e a música como jogo

O brinquedo de roda é uma atividade indicada para crianças de 4 a 7 anos deidade. Pode contribuir com o desenvolvimento das coordenações sensório -motora,ajuda a desenvolver gosto pela música, traz a tona tradições folclóricas, ajuda lidar com a exposição e a timidez.

 A roda é um processo sociabilizador onde todos permanecem em união, frente a frente, todos participam de um único grupo, com os mesmos ideais, envolvidos numa única melodia, e embalados em um único ritmo.

Os brinquedos de roda que exigem exposição do aluno é uma ótima pedida,para crianças a partir dos 7 anos, pois despertam nos alunos, iniciativa,desembaraço, atenção, capacidade, decisão rápida, observação, coragem, e para os que aguardam sua vez, observação e cooperação

A partir dos 7 anos o interesse pelos brinquedos de roda diminuem, cabendo ao educador a utilização de novas técnicas socializadoras.

Brincadeiras Cantadas e Parlendas

Brincadeiras cantadas e parlendas são atividades que unem sons e rimas são chamadas brincadeiras rítmico musicais mais usadas com bebes e crianças até 4 anos. Desenvolve movimentos corporais, acuidade auditiva.

Conclusão

Na educação infantil, a música está intimamente ligada à brincadeira. Daí a importância do caráter lúdico nas atividades musicais planejadas pelo educador,que devem estar presentes sempre, possibilitando a apreciação musical. 

Fazer uso de histórias para as crianças de até três anos possibilita que elas conheçam compositores importantes. Elas também podem explorar diferentes fontes sonoras: rápidas, lentas, fortes, fracas, altas, baixas, silêncio etc. Dependendo do projeto que estiver sendo desenvolvido, o educador deverá adaptar suas aulas aos temas desenvolvidos, explorando sons de animais,sons da natureza, sons do espaço escolar, sons externos à escola para produzir contos de fadas, teatro, sons vocais, instrumentos, brinquedos sonoros (explorar materiais recicláveis), improvisações e composições.

O professor deve estimular a criança pequena a desenvolver a linguagem utilizando-se de músicas e melodias curtas, com conteúdo criativo, que possibilitem sempre novas aprendizagens. 

Devemos estar atentos a esse tipo de musica, preocupando-se em oferecer músicas de qualidade, resgatando cantigas infantis, folclore, cultura da comunidade, do estado e do país. O repertório deve dar prioridade à expressividade infantil, propondo às crianças uma variedade de canções para que elas possam escolher, ensinando-as de uma forma prazerosa e confortável. 

Os jogos de improvisação permitem analisar e observar  o relacionamento das crianças com os materiais sonoros, respeitando o desenvolvimento e expressão infantil em cada fase e contexto, criando condições de organização conteúdos e materiais para enriquecer o trabalho a ser desenvolvido.

As cantigas de roda facilitam a socialização, a coordenação motora, o raciocínio lógico, a linguagem verbal, a linguagem do corpo, a identificação da realidade e a interação com o ambiente, estimulando a lateralidade, o reconhecimento das cores, dos números etc.

Para cada sociedade e cultura, a história e a música estão relacionadas através do percurso da humanidade. Ambas desnudam o passado, permanecem atuantes no presente, registrando permanências e possíveis mudanças futuras.


BIBLIOGRAFIA
ALENCAR, Teca Brito. Música na educação infantil propostas para  a formação integral da criança 2.ed. São Paulo, Peirópolis 2003. NICOLAU, Marieta Lucia Machado A educação pré-escolar: fundamentos edidática: série educação 9. ed. São Paulo: Ática, 1997. GIRARDI, Giovana.Musica para aprender e se divertir. Revista Nova Escola.São Paulo. Ed 173.Junho/ julho 2004. Revista Nova Escola on-line. Mensal. Girardi, Giovana Música para aprender e se divertir. São Paulo. Junho/ julho 2004. Acesso em: 02 de fevereiro de 2015 disponível em: http://novaescola.abril.uol.com.br/



Agora que já aprendemos um pouco mais sobre a importância do ensino da musica na educação infantil e suas contribuições no desenvolvimento dos pequenos, que tal confeccionar com as crianças instrumentos musicais?

Utilizando a criatividade e reaproveitamento de materiais alternativos (sucata) dá pra fazer uma bandinha infantil completa! É só clicar no link que será direcionado ao site Espaço Educar que ensina como confeccionar vários instrumentos como tambor, clave, chocalho, pandeiro, guizo, violão entre outros!
Está esperando o que? Mãos à obra, borá fazer um som com os pequenos!





sábado, 31 de janeiro de 2015

Fases do Desenvolvimento Infantil



Olá pessoas, hoje iniciarei uma postagem sobre o Desenvolvimento Infantil, todavia por ser um assunto extenso resolvi escreve-lo por partes para não ficar tão maçante, então borá lá!

É preciso saber que: 
- O desenvolvimento de uma criança não acontece de forma linear.
- As mudanças que vão se produzindo ocorrem de forma gradual, são períodos contínuos que vão se sucedendo e se superpondo.
- Durante a evolução a criança experimenta avanços e retrocessos, vivendo seu desenvolvimento de modo particular.
- Acompanhamos a construção de sua personalidade respeitando que em cada idade há um jeito próprio de se manifestar.
- Tanto antecipar etapas, como não estimular a criança, podem ser geradores de futuros conflitos.
- Cabe a FAMÍLIA em parceria com a ESCOLA conhecer e respeitar os passos do desenvolvimento infantil.

Característica da faixa etária dos 0 aos 6 meses
Desenvolvimento Físico:
• Processo de fortalecimento gradual dos músculos e do sistema nervoso: os movimentos bruscos e descontrolados iniciais vão dando lugar a um controle progressivo da cabeça, dos membros e do tronco;
• Por volta das 8 semanas é capaz de levantar a cabeça sozinho durante poucos segundos, deitado de barriga para baixo;
• Controle completo da cabeça por volta dos 4 meses: deitado de costas, levanta a cabeça durante vários segundos; deitado de barriga para baixo começa a elevar-se com apoio das mãos e dos braços e virando a cabeça;
• Por volta dos 4 meses o controle das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar num brinquedo;
• Entre os 4 e os 6 meses utiliza os membros para se movimentar, rolando para trás e para frente; apresenta também maior eficácia em alcançar e agarrar o que quer ou a posicionar-se no chão para brincar;
• Desenvolve o seu próprio ritmo de alimentação, sono e eliminação;
• Desenvolvimento progressivo da visão;
• Com 1 mês, é capaz de focar objetos a 90 cm de distância;
• Progressivamente será capaz de utilizar os dois olhos para focar um objeto próximo ou afastado, bem como de seguir a deslocação dos objetos ou pessoas;
• Entre os 4 e os 6 meses a visão e a coordenação olho-mão encontram-se próximas da do adulto;
• Desenvolvimento da função auditiva;
• Entre os 2 e os 4 meses, o bebê reage aos sons e às alterações do tom de voz das pessoas que o rodeiam;
• Por volta dos 4-6 meses, possui já uma grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que ouve;
Desenvolvimento Intelectual:
• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos;
• Vocaliza espontaneamente, sobretudo quando está em relação;
• A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que ouve à sua volta;
• Por volta do 6º mês, compreende algumas palavras familiares (o nome dele, "mamã", "papá"...), virando a cabeça quando o chamam;

Desenvolvimento linguístico: falar, ouvir, compreender e comunicar por meios visuais.( saiba mais no link. Vídeo Youtube)

· Alguns dos marcos linguísticos estabelecidos para os primeiros meses de vida (do 0 aos 3 anos de idade);
· A linguagem é aqui entendida como o sistema global de comunicação usado pela criança para interagir e expressar as suas necessidades não se limitando às competências de expressão oral;
· Assim, a linguagem abrange a fala, audição compreensão, comunicação por meios visuais (sorrir, reconhecer rostos familiares, identificar objetos), imitação, gestos (apontar para o brinquedo desejado);

Primeiros marcos linguísticos importantes e respetiva idade média em meses:

Expressão oral                  
Arrulha aos 3,2 meses
Produz sons em resposta aos 2,6 meses
Ri aos 4 meses
Faz bolas de saliva (faz "ar de desprezo") aos  7,3 meses
Palavras monossílabas ("dadadada")  aos 10 meses
"Mamã" / "Papá" (uso não específico) aos  10,1 meses
Palavras polissílabas ("amenguca")  aos 10,8 meses
"Mamã" / "Papá" (utilização correta)  aos 14 meses
Primeira palavra além de "mamã" / "papá" aos 17 meses (1 ano e 5 meses)

Reação a estímulos auditivos           
Fica atento a vozes ao 1 mês
Volta-se de lado em direção às vozes aos 2,9 meses
Reconhece certos sons aos 3,1 meses
Volta-se de lado como reação a um barulho aos 5 meses
Volta-se de lado e depois em direção ao barulho aos 8,2 meses
Suspende uma ação se lhe dizem "não" aos 10,1 meses
Compreende e cumpre ordens simples aos 13,5 meses

Competências visuais
Sorri aos 1,5 meses
Reconhece os pais aos 2,9 meses
Reconhece objetos aos 2,9 meses
Reage a expressões faciais (como quando sorriem para ele) aos 4,7 meses
Segue as pessoas / objetos com os olhar aos 4,7 meses
Pestaneja perante uma ameaça aos 4,9 meses
Imita jogos de gestos aos 9,1 meses
Cumpre ordens gestuais aos 11 meses
Inicia jogos de gestos aos 12 meses (um ano)
Aponta para objetos desejados (como brinquedos) aos 17 meses (1 ano e 5 meses)

Desenvolvimento Social:
• Distingue a figura cuidadora das restantes pessoas com quem se relaciona, estabelecendo com ela uma relação privilegiada;
• Fixa o rostos e sorri (aparecimento do 1º sorriso social por volta das 6 semanas);
• Aprecia situações sociais com outras crianças ou adultos;
• Por volta dos 4 meses: capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas, o que influencia a forma como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a pessoa com quem interage. É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos, revelando preferência por rostos familiares;

Desenvolvimento Emocional:
• Manifesta a sua excitação através dos movimentos do corpo, mostrando prazer ao antecipar a alimentação ou o colo;
• O choro é a sua principal forma de comunicação, podendo significar estados distintos (sono, fome, desconforto...);
• Apresenta medo perante barulhos altos ou inesperados, objetos, situações ou pessoas estranhas, movimentos súbitos e sensação de dor;
Abaixo uma ilustração com mais informações!

É isso por hoje, continuem acompanhando o blog !

Referências bibliográficas:
PIAGET, Jean, INHELDER, Barbel. A psicologia da criança. 10. ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989. 135 p.


PIATTELLI-PALMARINI, Massimo (org). Teorias da linguagem, teorias da aprendizagem: o debate entre Jean Piaget e Noam Chomsky. São Paulo: Cultrix/EDUSP, 1983.



RAMOZZI-CHIAROTTINO, Zelia. Psicologia e epistemologia genética de Jean Piaget. São Paulo: EPU. 1988. 87 p.